sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O seu lixo, como vai?

Você já pensou sobre o destino do seu lixo depois que ele sai da sua casa?
Se já, certamente compreende que esse lixo ou melhor, resíduo sólido, precisa de um destino adequado, sendo armazenado ou transformado de forma que seu impacto sobre o ambiente seja o mínimo possível.
Existem várias possibilidades para a "finalização" ou "disposição final" dos Resíduos Sólidos, dentre essas alternativas podemos destacar:
- Reutilização- utilizar uma embalagem (por exemplo) para finalidade semelhante ou diversa de sua função inicial.
- Reciclagem- expor o resíduo a modificações de natureza química e ou física, transformando-o em novo produto com finalidade semelhante ou diversa da original.
- Disposição em aterros- essa é uma das forma ainda mais utilizadas que basicamente trata-se do da disposição dos resíduos em cavidades no solo com obrigatório aterramento, podendo passar por diferentes níveis de cuidado e tratamento.
- Incineração Tradicional- também é um sistema muito utilizado, principalmente para resíduos perigosos e contaminantes como o "lixo hospitalar". Esse processo é basicamente a queima ou combustão do resíduos expondo-os a temperaturas elevadas, geralmente entre 900 e 1200 graus Celsius.
- Incineração ou Decomposição por Plasma Térmico- essa é uma forma mais moderna e eficiente de "finalizar" resíduos sólidos. Essa técnica nada mais é do que o uso de Gases especiais pelos quais passam descargas elétricas com intuito de gerar temperaturas elevadíssimas, que podem variar entre 2000 e 15000 graus Celsius. A vantagem desse processo é a grande redução de gases poluentes durante a queima e a redução dos resíduos a quantidades muito pequenas, quase insignificantes em alguns casos.
- Compostagem e Biodegradação- esse método é aplicado principalmente a resíduos de origem orgânica (provenientes de animais e vegetais). Basicamente o processo é realizado pela exposição dos resíduos aos microorganismos decompositores existentes no ambiente, com a utilização de métodos que acelere a otimizem o processo. É uma forma interessante de tratar restos de alimentos, de podas, detritos animais e até resíduos provenientes de tratamento de esgoto.
As formas de tratar e finalizar os Resíduos são muito variadas, porém, nós temos que colaborar com esses processos, fazendo o máximo para reduzir a quantidade de resíduos produzidos e separando os diferentes tipos para facilitar sua coleta.
Quando o lixo é coletado separadamente de acordo com suas características físicas e químicas o processo passa a ser conhecido como Coleta Seletiva.
Você sabe qual é a vantagem da Coleta Seletiva?
Nesse tipo de coleta ocorre a separação dos resíduos que podem ser reaproveitados, reciclados, reduzindo a quantidade de lixo que será colocado em aterros ou incinerado.
Quanto menos lixo produzimos melhor, pois assim o desperdício de energia e matéria prima é menor, além de se evitar que os aterros fiquem cheios muito rapidamente ou que a produção de gases pela incineração seja muito grande.
Oque é preciso para implantar a coleta seletiva em uma cidade?
1- Primeiramente é preciso informar e esclarecer a população sobre a importância desse processo e como separar os resíduos, para isso o poder público e seus parceiros precisam atingir escolas, associações de bairros e outras instituições que possam colaborar com o esclarecimento da população. Campanhas feitas pelo rádio, TV e Internet também ajudam muito.
2- Enquanto é feito o esclarecimento o poder público precisar preparar os Coletores de Resíduos para separar todo o material e também providenciar caminhões que permitam a coleta separadamente.
3- É muito interessante estabelecer parcerias com cooperativas de catadores, que podem atuar nas ruas ou em centros de triagem, separando os resíduos úteis que possam gerar renda para os cooperados.
4- Começar com um projeto piloto, que tenha início em um bairro ou setor por exemplo, com progressiva expansão, é uma opção muito viável. Começar o projeto pequeno para depois ampliá-lo facilita o acompanhamento inicial, identificação de erros e a melhoria dos procedimentos, aumentando as chances de sucesso da implantação.
5- Desde o início o projeto de implantação da coleta seletiva precisa ter um cronograma bem estruturado porém com alguma flexibilidade, tendo a previsão para o atendimento completo dos município.
Obs: Em algumas comunidades o processo de implantação bem sucedido da Coleta Seletiva pode demorar mais, por isso o cronograma precisa ter alguma flexibilidade.

Veja o vídeo e saiba um pouco mais sobre Coleta Seletiva, Reciclagem e outros temas importantes.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Meio Ambiente, Saúde e Educação: Áreas que demandam mais seriedade dos governos.

Desde a antiguidade Clássica Grega a relação entre Saúde e Qualidade Ambiental era empiricamente compreendida, porém isso não ocorria somente na Grécia. Na China e em outros países orientais as práticas  Higienistas já eram frequentes, embora as tecnologias e conhecimentos da época não permitissem uma compreensão mais profunda dos fatores causadores das doenças e das formas de prevenção e cura.
Posteriormente no Império Romano, métodos de Saneamento Básico passaram a ser mais e melhor empregados na construção das cidades com intuito de reduzir a propagação de pragas. Dentre as obras de saneamento mais frequentes podemos destacar os Aquedutos Romanos e a Coleta de Esgoto, que em alguns casos já passava por tratamento rústico antes de ser lançado nos corpos Hídricos.
Como dizia um velho professor de História, "para cada dois passos que a Humanidade avança, ela retrocede um", justificando essa frase, a Idade Média na Europa causou enorme retrocesso no desenvolvimento do Saneamento Básico e Medicina e um dos fatores responsáveis por esse retrocesso foi a inibição da Cultura e da Popularização da Educação (consideradas até hoje, por muitos governantes, armas perigosas na mão do "Povão").
Mais recentemente, na Aurora da Cientificação da Sociedade, muitos cientistas, tendo grande destaque entre eles o Francês Louis Pateur, colaboraram enormemente com o esclarecimento e valorização dos métodos preventivos em Saúde Pública, destacando o combate ou inibição dos microorganismos causadores de patologias infecto-contagiosas.
Durante o Século XX, grande mudanças ocorreram nos cenários da Saúde Pública, Educação e pela primeira vez na história da Humanidade os temas relacionado ao "Meio Ambiente" passaram a ser amplamente discutidos  e ganharam Status de Preocupação Global.
Nos Estados Unidos por exemplo, medidas como a criação de muitos Parques Nacionais e compra de Grandes Áreas, pelo governo, para preservar recursos hídricos fundamentais, passaram a ser atitudes constantes.
Na Europa, o controle da Poluição Atmosférica causada pelas indústrias e mais recentemente pelos veículos automotores, além da despoluição de importantes corpos hídricos como o Tâmisa e o Sena, passaram a ser atitudes indispensáveis ao bem estar da sociedade.
Enquanto isso, no Brasil, alguns avanços também eram realizados, como a criação de Reservas e Parques Naturais, destacando a Floresta da Tijuca que passou a ser legalmente protegida ainda no governo de Dom Pedro II e mais recentemente os avanços em políticas interdisciplinares que relacionam Educação, Saneamento e Saúde Pública, iniciadas de maneira mai clara ainda na era Vargas.
Hoje, no Brasil, os Temas Saúde e Meio Ambiente fazem parte oficialmente do Currículo Escolar Nacional, sendo discutidos como Temas Transversais nos Parâmetros Curriculares Nacionais, além de serem amplamente abordados dentro de diversos núcleos Políticos e Educacionais.
Porém, os avanços ainda estão distantes do ideal, de forma que em muitos setores da sociedade os temas Educação, Saúde e Meio Ambiente são tratados como políticas secundárias.
As preocupações da população ainda são muito restritas, dando pouca importância ao desenvolvimento da Educação, à Saúde Preventiva e principalmente às políticas Ambientais e de Desenvolvimento Sustentável.
Infelizmente, as preocupações governamentais são reflexo das preocupações do "Povão", sendo assim, cargos importantes como Secretarias de Educação e Saúde ainda são ocupados com frequência por gente pouco envolvida com esses assuntos, nos Estados, Municípios e por vezes até no Governo Federal.
Quanto ao setor de Meio Ambiente e Desenvolvimento sustentável, fica geralmente negligenciado, sendo gerido por gente que nunca atuou ou estudou sobre o assunto, sendo mais uma cadeira ocupada com nenhuma utilidade séria para a sociedade.
As Secretarias de Meio Ambiente geralmente trabalham com poucos recursos, mas se houvesse competência elas poderiam intermediar discussões e correlacionar políticas importantes como Educação Ambiental ou Educação para o Desenvolvimento Sustentável, Saneamento Básico e Saúde Ambiental, Paisagismo e Conforto Urbano, Preservação do Patrimônio Natural, Histórico e Cultural,  todas essas questões importantes e interdisciplinares, que poderiam reduzir problemas em outras áreas se fossem devidamente levadas a sério.

Clique no Link abaixo e veja um vídeo que pode ajudar a ampliar as ideias sobre essa discussão.

http://www.youtube.com/watch?v=2x6pPo_fzds

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Educação para o Desenvolvimento Sustentável: Você sabe o que é?

Educação para o Desenvolvimento Sustentável: Você sabe o que é?
Leia esse artigo e entenda o quanto a Educação está Relacionado ao Desenvolvimento Sustentável.
Mais um ótimo motivo para Governo e Sociedade darem mais atenção para a Educação.

http://www.mma.gov.br/port/sdi/ea/deds/pdfs/sumexec_eds.pdf

Pegada Ecológica: Pense na sua!!!

Já pensou que as suas atitudes e escolhas do dia-a-dia podem gerar significativo impacto sobre a natureza?
Coisas simples como o que você come, quanto come, quanta embalagem vem nos produtos que você compra, quanto combustível consome por semana para se deslocar e muitas outras coisas.
Todo tipo de atividade humana depende de consumo de energia, seja pelo uso direto, como ligar aparelhos eletrônicos e andar de carro, ou indireto como é o caso da energia gasta para produzir um bem de consumo e transportá-lo da indústria ao comércio e do comércio até a sua casa.
No Brasil e em outros países as pessoas estão se manifestando contra a construção de Usinas Hidrelétricas, Termelétricas e Nucleares, porém, grande parte das pessoas, principalmente nos países mais ricos, consomem muita energia sem perceber que esse fato é o principal responsável pela necessidade de construir novas e poluentes usinas. 
O impacto que nossas atitudes causam ao "Meio Ambiente" pode ser medido de várias formas, uma delas é o cálculo da "Pegada Ecológica". 
Veja o vídeo abaixo e acesse o link posterior para entender  um pouco mais sobre o conceito de pegada ecológica.

http://www.youtube.com/watch?v=3OGPMk4MJ3A

http://www.pegadaecologica.org.br/


domingo, 27 de janeiro de 2013

Eu, o "Meio Ambiente" e o Desenvolvimento Sustentável

Dia após dia mais pessoas se interessam e participam das discussões Ambientalistas, fazendo com que o tema se mantenha constantemente em evidência nos últimos 20 anos. 
Você participa dessas discussões?
Mesmo que não participe, certamente acaba lendo postagens como esta, que abordam assuntos relacionados ao "Meio Ambiente" ou ao Desenvolvimento Sustentável.
Você sabe o que significa Desenvolvimento Sustentável?
Pode até não saber "traduzir" a palavra, mas com certeza tem uma ideia já formada e sabe que Desenvolvimento Sustentável tem uma grande relação com a quantidade de coisas que consumimos, a forma como consumimos e o destino dessas coisas depois que foram consumidas. 
Alguma vez você já se fez as seguintes perguntas?
Eu compro tudo que preciso ou tudo que desejo?
Para onde vai o lixo produzido a partir das coisas que eu consumi?
Será que eu realmente utilizo tudo aquilo que compro?
Qual é a origem e o destino das coisas que eu consumo?
Se você já se perguntou, começou bem. 
Se você conseguiu responder todas, está ainda melhor. 
Agora veja o vídeo desta postagem para pensar melhor em todas as suas respostas. 

sábado, 23 de junho de 2012

Fomentando a Miséria Humana




            Há mais de 2500 anos, uma figura religiosa que assim como a maioria delas vaga na história entre o mito e o real teria proferido a frase “Vida é sofrimento” fazendo uma menção à miséria característica da condição humana.
            Se viver é sofrer, e talvez seja, pois os fatos mais marcantes das vidas da maioria das pessoas estão quase sempre relacionados às desgraças ou grandes tristezas, certamente o Pronto Socorro Municipal de Taubaté tem incomparável desempenho no que se refere a lembrar as pessoas que elas estão vivas, pois lá sem dúvida alguma pode-se encontrar muito sofrimento.
            Nesses dois últimos dias estive por longas horas no Pronto Socorro Taubateano, tendo o desprazer de presenciar o sofrimento de muitas pessoas e vivenciar alguns dos motivos que muito colaboram com sua intensificação e continuidade.
            Ontem, dia 22 de junho de 2012, sexta-feira, levei minha enteada ao Pronto Socorro Municipal, esperei durante duas horas para que ela fosse atendida e por mais duas para que exames fossem realizados, finalizando a noite com um inconcluso diagnóstico de infecção urinária.
            O diagnóstico não foi concluído porque um dos exames, o de urina, demoraria aproximadamente 6(seis) horas para ser elaborado (algo até certo ponto aceitável), porém o que me deixou inconformado foi o fato de uma das funcionárias do Pronto Socorro ter recomendado à minha mulher que esperássemos lá, até que o laboratório entregasse o resultado, pois isso facilitaria o atendimento e conclusão do diagnóstico.
            Imaginem, manter uma criança de 12 anos, com dores subabdominais, sentada nas desconfortáveis poltronas do saguão do Pronto Socorro, em contato prolongado com o insalubre e infectante ambiente hospitalar.
            Obviamente, como manda o bom senso, viemos para nossa casa, dormimos, descansamos e retornamos ao Pronto Socorro Municipal às 8 (oito) horas da manhã do dia seguinte, hoje dia 23 de junho de 2012. Ao chegar ao recinto supracitado, esperamos por mais 1 (uma) hora para sermos atendidos e para nossa nada grata surpresa, em aproximadamente 8 (oito) horas a ficha da minha enteada havia DESAPARECIDO, juntamente com os exames de urina e raio X.
            Depois de horas de espera, adentrando a tarde de sábado, os exames foram encontrados, fomos atendidos e os medicamentos indicados.
            Essa Via Sacra fomentada pelo total descaso com o cidadão e com a saúde pública de nosso município, permitiu-me presenciar cenas assustadoras, de pessoas fisicamente debilitadas expostas a grandes esperas sem as mínimas condições de higiene e conforto exigidas para o funcionamento de um ambiente dedicado à saúde coletiva.
            Poucos médicos, atendimento demorado, mau acomodamento de pacientes sem a separação dos acometidos por doenças infecto-contagiosas, isso sem falar do mal cheiro dos banheiros e do uso coletivo das poltronas da sala de medicação sem nenhuma assepsia entre a troca de pacientes.
            A experiência vivida nesses dois dias me fez dar razão ao pensamento budista exposto no início deste texto, mas eu colocaria um breve complemento na frase. “Vida é sofrimento, principalmente quando dependemos do atendimento da saúde pública de um Município que não respeita a qualidade de vida dos seus cidadãos”.
            Situações como essa nos obrigam a aderir aos Planos Privados de Saúde, sempre muito caros e frequentemente ruins, embora sejam razoáveis quando são comparados com a triste realidade da nossa saúde pública.
            Para reduzir o risco de ser parcial e injusto, devo lembrar que as inadequadas condições da saúde pública não são exclusividade de Taubaté, pois o Brasil todo trata a saúde dos cidadãos com profundo descaso. Mas aproveitando a realidade local como referência, tenho total certeza de que grande parte dos meus impostos estão sendo jogados no lixo, ou nos bolsos de quem não respeita seus semelhantes.
            Antes de acabar, não posso deixar de relatar uma cena bastante peculiar da noite de sexta.
            Presenciei a livre entrada do filho de certo ex-vereador na área restrita do Pronto Socorro Municipal de Taubaté, ele chegou com um carro cheio de propagandas do “Serviço Assistencial” por eles prestado e depois de duas palavrinhas com o guarda entrou sem nenhuma cerimônia.
            Será que estava no Pronto Socorro Municipal para “Socorrer” alguém?
            Sim, Isto é Taubaté!!!

segunda-feira, 18 de junho de 2012


Ignorância: maldita bênção

            O título desse texto pode parecer uma contradição, uma incoerência, porém, a atual situação política e econômica que vivemos no Brasil justifica perfeitamente o uso dessa aberração linguística.
            Vivemos em um país cheio de “ex-miseráveis”, que graças a uma sucessão de governos razoavelmente bem sucedidos, saíram da condição de pobres ou miseráveis para a atual situação de nova classe média endividada.
            Depois de um governo que estabilizou a economia  sacrificando até certo ponto os investimentos sociais, o Brasil tem passado por uma suposta faze de “Marola”, se esquivando das crises econômicas e investindo muito e mal em um suposto modelo de desenvolvimento social.
            O fato é que nenhum dos governos de nossa recente faze democrática se preocupou com a sustentabilidade da nossa economia e muito menos houve preocupação com formação de uma massa crítica capaz de “tocar o país” de uma forma minimamente eficaz.
            Nossa economia se sustenta sobre o crescimento da exportação de matérias primas e da produtividade do setor automobilístico, sem grandes preocupações com a diversificação e investimento em novas tecnologias.
            Sempre que nos deparamos com uma crise mundial estimulamos o consumo e nos últimos anos criamos uma grande bolha de dívidas, principalmente entre os membros da nova classe média. A pergunta é: Quando essa bolha vai estourar?
            Em um país com mais de 10% de pessoas analfabetas, isso sem falar dos 70% supostamente alfabetizados, porém com graves dificuldades de interpretação de texto e compreensão matemática, fica fácil fazer de conta que uma crise que se espalha internacionalmente não vai atingir nossa indiscutivelmente frágil economia. Dentro deste contexto a incoerência utilizada no título do texto torna-se muito coerente.
            Estamos nadando contra a corrente, enquanto os países mais desenvolvidos investem muito em Educação, nossa sociedade parece ignorar essa necessidade, enquanto os mais sensatos investem em tecnologias limpas e transporte público coletivo, nós temos orgasmos ao falar do Pré-sal e estimular a venda incontrolável de automóveis sem nem mesmo adequar nossas estradas e ruas para recebê-los.
            Nosso governo gasta muito, paga muito para políticos que gastam ainda mais criando “Cargos de confiança”, nossa carga tributária é horripilante e os serviços públicos parecem nunca melhorar, mesmo recebendo supostamente tanto dinheiro proveniente dos nossos impostos.
            Os projetos sociais que indiscutivelmente foram necessários e que salvaram muitas vidas foram mal planejados, sem planos óbvios de continuidade como estímulo intenso à formação educacional e profissional, além da geração de empregos novos, abundantes e melhor remunerados.
            A criminalidade cresce como nunca antes, a corrupção continua a se alastrar, o salário mínimo continua muito abaixo do desejável e pela primeira vez na nossa história o crime passou a compensar, pois além de matar e roubar, caso seja preso o detento tem direito a mais de 900 reais por descendente, visitas íntimas, alimentação com qualidade superior a merenda de muitas escolas, isso sem falar dos celulares e outras regalias que muitos presos têm acesso informalmente.
             A Europa está em crise, os Estados Unidos Estão em crise, e nós?
            Mesmo supondo que todos os problemas acima citados não caracterizem uma crise, será inteligente e sensato continuar crendo que nossa economia é inabalável?
            Vamos continuar esperando a “Marolinha” e correndo o risco de encontrar um “Tsunami”?
            Analisemos a Nação que somos e imaginemos a Nação que deveríamos ser, pois até agora, o Gicante Latino Americano continua dormindo, ou pior, está em estado de torpor.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Para a Violência o equilíbrio é o melhor Remédio


As discussões sobre como acabar ou no mínimo controlar a violência passam quase sempre por dois campos, estando de uma lado o aprimoramento das políticas sociais e do outro a intensificação do policiamento e endurecimento das penalidades aplicadas.

Bem, pensando na sociedade como se fosse uma criança em desenvolvimento e lembrando que no caso da sociedade brasileira estamos muito próximos disso, pois ainda estamos dando os primeiros passos no sentido de uma verdadeira estrutura democrática e republicana, vamos pensar metaforicamente e em paralelo analisar de forma objetiva todas as demandas necessárias para alcançarmos relativa paz.

Quem cria melhor? A mãe dura, que cobra comprometimento dos filhos e que pune severamente quando os compromissos não são adequadamente cumpridos e a regras devidamente seguidas, ou seria a mãe carinhosa, que trata docemente, oferece todos os recursos porém nunca determina nem mesmo discute limites, ignorando que dessa forma a possibilidade de estabelecer penalidades para os erros cometidos intencionalmente.

Pessoalmente, acredito que a mãe ideal seria aquela que encontra o ponto intermediário, o caminho do meio, que consegue mediar a oferta de recursos com a cobrança comedida e as punições devidamente aplicadas.

Essa metáfora ajuda-nos muito bem a compreender a maioria das discussões atualmente desenvolvidas no sentido de encontrar o melhor e mais viável caminho no sentido do combate à violência e da promoção da paz.

Se por um lado nossa sociedade geme com dores de parto em função do descaso imposto à maioria da população que clama por serviços públicos de qualidade nos campos da saúde, educação, lazer, cultura e segurança, somos profundamente tolerantes com a criminalidade, tornando-nos permissivos em todos os níveis, desde o adolescente infrator até o político corrupto.

Para controlarmos a criminalidade de forma eficiente precisamos de uma imediata intervenção no campo da Segurança Pública, aumentando o policiamento ostensivo, melhorando os salários dos policiais e oferecendo-lhes melhores condições de trabalho, como viaturas, armamentos e treinamentos mais sofisticados.

Imediatamente também precisamos melhorar e muito os serviços relacionados ao desenvolvimento social direto, ampliando e aprimorando a educação pública, com mais recursos e melhores salários, costurando de forma eficiente as relações entre educação escolar, práticas esportivas, atividades de lazer, culturais e assistência social de uma forma mais ampla.

Em um prazo mais curto, a segurança pública mais eficiente pode sem dúvida alguma inibir os atos criminosos e pensando em médio e longo prazo, o desenvolvimento social mais eficiente certamente formará pessoas com mais perspectivas e menos inclinadas aos atos criminosos.

Pensando em todas essas demandas, não podemos ignorar a necessidade de um pleno desenvolvimento econômico, eficaz e sustentável, pois dentro dos moldes sociais aos quais nos adequamos o capital torna-se indispensável para que se possa fazer os investimentos fundamentais, que ofereçam a infraestrutura para uma política de desenvolvimento realmente salutar.

O Preço pago pela Desvalorização dos Serviços Públicos


Estamos pagando um enorme preço pelo descaso com os Serviços e Servidores públicos.
Profissionais da Segurança Pública, Educação, Saúde e demais servidores públicos de carreira são desvalorizados, principalmente quando comparamos com os servidores comissionados, muitos deles encabidados e muitas vezes despreparados para ocuparem as posições que ocupam.
Quem faz o policiamento das ruas, os policiais ou os burocratas que ficam enfurnados na secretaria de segurança? Quem interage diretamente com os alunos da sala de aula, o professor ou os burocratas da secretaria de educação? Quem salva as vidas e cuida da reabilitação dos pacientes, os médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde, ou os burocratas da secretaria de saúde?
O objetivo deste texto não é desmerecer os profissionais que ocupam cargos dentro das secretarias, nem pedir a redução de seus salários, pelo contrário, o objetivo é lembrar que todos precisam ser valorizados, motivados, para que os serviços públicos tenham a devida qualidade.
Salários atraentes, condições de trabalho adequadas, possibilidades de formação contínua e concursos frequentes para a manutenção do efetivo de funcionários públicos, demandas que precisam ser atendidas para que possamos viver em uma sociedade mais justa, equilibrada e pacífica.
Nacionalmente os funcionalismo público tem sido desvalorizado, mas no Estado de São Paulo especificamente, temos uma aberração. O Estado mais rico da nação investe desproporcionalmente em seus funcionários, contratando pouco e pagando menos ainda.
Está evidente que o número de policiais civis e militares é insuficiente para nossa região, fica claro que nossas escolas estão se deteriorando dentro de um falso processo de inclusão que só coloca os alunos na sala, sem oferecer as minimas condições para uma educação de qualidade.
Nossa população sofre calada, seja por comodismo, omissão ou falta de esclarecimento, um circulo vicioso difícil de ser interrompido.
Qual é o produto disso tudo?
Jovens desestimulados, sem perspectivas, entregues à criminalidade e às drogas. Além de tudo, depois que entram no mundo do crime, acabam se sentido a vontade, pois sabem que as leis dificilmente são seguidas, por falta de fiscalização, vigilância e rigor.
Olhando para a sociedade na qual estamos vivendo, lembro-me dos filmes que retratam o Velho Oeste Americano, O Oeste Selvagem como também costumava ser chamado, onde pessoas pouco estudadas, de natureza rústica e agressiva definiam as leis por meio dos próprios punhos e armas. Sinto que estamos muito próximos dessa terrível realidade, a diferença é que agora as mortes não são motivadas por disputas territoriais, mas pelo consumo e venda de drogas ilícitas.


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Prevenção na saúde pública: custos menores e vidas melhores.

Uma das maiores preocupações da população e certamente um dos assuntos mais abordados durante as campanhas eleitorais é a estrutura e o atendimento público no que se refere à saúde.
            Construção de hospitais, aumento do número de leitos e de médicos, melhoria nos atendimentos e distribuição de medicamentos, são promessas freqüentes, motivadas por uma demanda que aumenta progressivamente acompanhando o envelhecimento da população.
            Justificadamente a saúde pública é uma grande preocupação, pois cuidar da saúde significa aumentar as chances de sobrevivência, mas as preocupações também passam pelo campo econômico, pois exames, consultas, internações se cirurgias são extremamente valorizados pela iniciativa privada, principalmente pelo fato do sistema público não oferecer o atendimento adequado.
            Dizer que a saúde pública brasileira não melhorou é uma grande mentira, pois o aumento da expectativa de vida da população, a redução da mortalidade infantil e até mesmo as preocupações com o sistema previdenciário, são indícios de que as pessoas estão vivendo mais e possivelmente melhor, porém, ainda estamos muito distantes de um atendimento satisfatório em saúde pública.
            Discutir as condições das redes hospitalares é sem dúvida alguma uma necessidade, mas também precisamos colocar em pauta um assunto pouco comentado e ainda menos valorizado, embora muito importante no campo da saúde pública, a Prevenção.
            Estatisticamente, as doenças que mais causam mortalidade no Brasil são justamente aquelas que são causadas ou se agravam por falta de prevenção. De acordo com dados do Ministério da Saúde, doenças do aparelho circulatório como os Acidentes Vasculares Encefálicos e Cardíacos, diversos tipos de câncer e infecções respiratórias lideram o ranking das doenças que mais matam em nosso país.
            As doenças do aparelho circulatório podem ser prevenidas por meio de uma vida mais saudável, com alimentação equilibrada e atividade física moderada e freqüente. Além disso, consultas e exames periódicos, podem expor quadros de risco, antes que problemas mais graves já estejam estabelecidos.
            Diversos tipos de câncer estão sujeitos a tratamentos que podem levar a cura total, desde que sejam diagnosticados precocemente.
            Infecções respiratórias podem ser tratadas com relativa facilidade na maioria dos casos, porém, para que isso aconteça, os diagnósticos não podem ser tardios e devem ser objetivos, indicando a localização do problema e permitindo a aplicação dos medicamentos adequados.
            No passado, quando a maioria das cidades não contava com estrutura de saneamento básico adequado, nem com campanhas massivas de vacinação, doenças que hoje são consideradas corriqueiras, que foram controladas ou erradicadas, matavam em grande quantidade, mas a prevenção adequada reduziu a mortalidade e os custos com serviços hospitalares.
            Quanto o assunto é Prevenção, estamos pensando em respeito à vida e aos cofres públicos, que gastam além da conta pela falta de investimentos sérios e planejados nos lugares onde deveriam ser feitos.
            Se expandirmos essa discussão levando em consideração as doenças vetoriais como a Dengue, as Sexualmente transmissíveis como a AIDS, o tabagismo, o alcoolismo, o uso de drogas ilícitas, os acidentes de trânsito e a violência urbana, que também são problemas que afetam a saúde pública e que poderiam ser prevenidos, percebemos uma grande elevação dos custos dos serviços hospitalares e da saúde curativa como um todo.
            As pessoas sofrem por descaso e o orçamento público é onerado intencionalmente, pois curar, quase sempre fica mais caro do que prevenir e no mundo do enriquecimento ilícito pela via pública, o mais caro acaba sendo sempre o “melhor”.

Visite: http://ec.europa.eu/health-eu/health_in_the_eu/prevention_and_promotion/index_pt.htm e conheça um pouco mais sobre saúde preventiva.