quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Prevenção na saúde pública: custos menores e vidas melhores.

Uma das maiores preocupações da população e certamente um dos assuntos mais abordados durante as campanhas eleitorais é a estrutura e o atendimento público no que se refere à saúde.
            Construção de hospitais, aumento do número de leitos e de médicos, melhoria nos atendimentos e distribuição de medicamentos, são promessas freqüentes, motivadas por uma demanda que aumenta progressivamente acompanhando o envelhecimento da população.
            Justificadamente a saúde pública é uma grande preocupação, pois cuidar da saúde significa aumentar as chances de sobrevivência, mas as preocupações também passam pelo campo econômico, pois exames, consultas, internações se cirurgias são extremamente valorizados pela iniciativa privada, principalmente pelo fato do sistema público não oferecer o atendimento adequado.
            Dizer que a saúde pública brasileira não melhorou é uma grande mentira, pois o aumento da expectativa de vida da população, a redução da mortalidade infantil e até mesmo as preocupações com o sistema previdenciário, são indícios de que as pessoas estão vivendo mais e possivelmente melhor, porém, ainda estamos muito distantes de um atendimento satisfatório em saúde pública.
            Discutir as condições das redes hospitalares é sem dúvida alguma uma necessidade, mas também precisamos colocar em pauta um assunto pouco comentado e ainda menos valorizado, embora muito importante no campo da saúde pública, a Prevenção.
            Estatisticamente, as doenças que mais causam mortalidade no Brasil são justamente aquelas que são causadas ou se agravam por falta de prevenção. De acordo com dados do Ministério da Saúde, doenças do aparelho circulatório como os Acidentes Vasculares Encefálicos e Cardíacos, diversos tipos de câncer e infecções respiratórias lideram o ranking das doenças que mais matam em nosso país.
            As doenças do aparelho circulatório podem ser prevenidas por meio de uma vida mais saudável, com alimentação equilibrada e atividade física moderada e freqüente. Além disso, consultas e exames periódicos, podem expor quadros de risco, antes que problemas mais graves já estejam estabelecidos.
            Diversos tipos de câncer estão sujeitos a tratamentos que podem levar a cura total, desde que sejam diagnosticados precocemente.
            Infecções respiratórias podem ser tratadas com relativa facilidade na maioria dos casos, porém, para que isso aconteça, os diagnósticos não podem ser tardios e devem ser objetivos, indicando a localização do problema e permitindo a aplicação dos medicamentos adequados.
            No passado, quando a maioria das cidades não contava com estrutura de saneamento básico adequado, nem com campanhas massivas de vacinação, doenças que hoje são consideradas corriqueiras, que foram controladas ou erradicadas, matavam em grande quantidade, mas a prevenção adequada reduziu a mortalidade e os custos com serviços hospitalares.
            Quanto o assunto é Prevenção, estamos pensando em respeito à vida e aos cofres públicos, que gastam além da conta pela falta de investimentos sérios e planejados nos lugares onde deveriam ser feitos.
            Se expandirmos essa discussão levando em consideração as doenças vetoriais como a Dengue, as Sexualmente transmissíveis como a AIDS, o tabagismo, o alcoolismo, o uso de drogas ilícitas, os acidentes de trânsito e a violência urbana, que também são problemas que afetam a saúde pública e que poderiam ser prevenidos, percebemos uma grande elevação dos custos dos serviços hospitalares e da saúde curativa como um todo.
            As pessoas sofrem por descaso e o orçamento público é onerado intencionalmente, pois curar, quase sempre fica mais caro do que prevenir e no mundo do enriquecimento ilícito pela via pública, o mais caro acaba sendo sempre o “melhor”.

Visite: http://ec.europa.eu/health-eu/health_in_the_eu/prevention_and_promotion/index_pt.htm e conheça um pouco mais sobre saúde preventiva.

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