domingo, 6 de novembro de 2011

Drogas e violência: propostas para combater esses problemas.

Segurança, saúde, educação, cultura, esporte e lazer, todos estes setores da sociedade/ administração pública precisam ser acionados e trabalhar em comunhão. É só olhar para Taubaté que veremos que a maioria dos bairros não são adequadamente atendidos por qualquer um desses serviços.
Embora esses problemas não sejam exclusividade do nosso município, utilizo nosso caso como referência imediata.
Linhas mais conservadoras têm como proposta criminalizar o usuário e o traficante, inibindo dessa forma a venda e o consumo. Só existe oferta quando existe demanda, sem demanda o produto deixa de ter valor. Outra proposta, mais liberal, seria a legalização das drogas, notem que utilizo o plural, pois legalizar somente a maconha seria perda de tempo, pois as outras drogas continuariam sendo alvo da ação dos traficantes.
Se liberadas, as drogas poderiam ser vendidas com agregação de impostos. Os impostos poderiam ser utilizados no combate aos traficantes que ainda resistissem e também no tratamento dos usuários. Mas, a liberação das drogas também poderia causar um grande aumento inicial do número de usuários e um severo impacto sobre a saúde pública.
Além disso, não temos garantias de que a liberação realmente inibiria a venda ilegal (tráfico). Qualquer medida mais séria que for tomada em relação às drogas terá sua parcela de rejeição e impopularidade, dessa forma precisamos de posicionamento sério e rápido, pois nossos índices de consumo de drogas entre adolescentes crescem assustadoramente.
O fato mais notório, que deve aqui ser novamente destacado, é de que a assistência básica à saúde, educação, cultura, esporte e lazer, seria a medida menos controversa e certamente mais efetiva em relação ao controle do uso de drogas.
Tomemos como exemplo a campanha brasileira contra o tabagismo, que desde a década de 80 até os dias atuais, causou intensa redução sobre o número de fumantes no país. Uma das bases dessa campanha, é a propaganda visualmente agressiva, na TV e nas embalagens de cigarros, isso sem falar das restrições impostas aos fumantes. Hoje, não se pode fumar em bares, restaurantes, danceterias e principalmente em prédios públicos e veículos coletivos.
Caminhamos para uma restrição ainda mais intensa, que poderá chegar a limitar o cigarro a lugares específicos destinados somente aos fumantes. Em alguns países essa restrição absoluta ja acontece e funciona.
Por fim, creio que não podemos ignorar as bebidas alcoólicas, que socialmente são as mais perigosas drogas, pois degradam relações familiares, matam milhares quando combinadas com o trânsito e dessa forma causam prejuízos humanos e orçamentários irreparáveis. Vemos muita repressão sobre o cigarro, porém pouco se fala sobre inibir a venda e o consumo de bebidas alcoólicas, principalmente para adolescentes Deixo aqui meus comentários e uma breve contribuição para essa discussão.

Os programas de esporte e lazer para adolescentes podem ajudar a afastar das drogas e também a revelar novos e grandes talentos para os esportes profissionais. Esses programas deveriam começar nas escolas, nas quadras dos bairros, promovendo diversão e qualidade de vida. Os talentos revelados por triagem poderiam ser direcionados a centros de treinamento específico, permitindo a formação de grandes grupos de atletas. Até os esportes de rendimento têm seu papel social, pois embora causem certa alienação, também inspiram muitos jovens a seguir caminhos que os afastam das drogas e da criminalidade. Atletas como Rivaldo, que ainda está em plena forma mesmo com idade avançada para o futebol profissional, podem ser grandes exemplos de vida para a juventude.

Nosso município também precisa estabelecer um programa de escola integral realmente integral. O modelo que hoje vigora é apenas um remendo, que atende poucas crianças e para isso utiliza estagiários. O maior tempo de permanência na escola poderia  favorecera redução das perdas causadas pela carência ou ausência das famílias.

Em relação à cultura, precisamos estimular eventos que possam contribuir com a formação de nossos jovens. Eventos musicais, teatrais e propagação da leitura por meio da construção de bibliotecas públicas. Um dos motivos pelos quais não temos um país de leitores, é porque não estimulamos a leitura dentro e principalmente fora da escola. Temos poucas bibliotecas públicas e até mesmo as livrarias são pouco frequentes. Precisamos abrir os espaços públicos ao público, estimulando eventos autônomos que também favoreçam o desenvolvimento cultural, mas para isso precisamos abrir as portas do centro cultural e de outros locais apropriados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário