Estamos pagando um enorme preço pelo descaso com os Serviços
e Servidores públicos.
Profissionais da Segurança Pública, Educação, Saúde e demais
servidores públicos de carreira são desvalorizados, principalmente quando
comparamos com os servidores comissionados, muitos deles encabidados e muitas
vezes despreparados para ocuparem as posições que ocupam.
Quem faz o policiamento das ruas, os policiais ou os
burocratas que ficam enfurnados na secretaria de segurança? Quem interage
diretamente com os alunos da sala de aula, o professor ou os burocratas da
secretaria de educação? Quem salva as vidas e cuida da reabilitação dos
pacientes, os médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde, ou os
burocratas da secretaria de saúde?
O objetivo deste texto não é desmerecer os profissionais que
ocupam cargos dentro das secretarias, nem pedir a redução de seus salários,
pelo contrário, o objetivo é lembrar que todos precisam ser valorizados,
motivados, para que os serviços públicos tenham a devida qualidade.
Salários atraentes, condições de trabalho adequadas,
possibilidades de formação contínua e concursos frequentes para a manutenção do
efetivo de funcionários públicos, demandas que precisam ser atendidas para que
possamos viver em uma sociedade mais justa, equilibrada e pacífica.
Nacionalmente os funcionalismo público tem sido
desvalorizado, mas no Estado de São Paulo especificamente, temos uma aberração.
O Estado mais rico da nação investe desproporcionalmente em seus funcionários,
contratando pouco e pagando menos ainda.
Está evidente que o número de policiais civis e militares é
insuficiente para nossa região, fica claro que nossas escolas estão se
deteriorando dentro de um falso processo de inclusão que só coloca os alunos na
sala, sem oferecer as minimas condições para uma educação de qualidade.
Nossa população sofre calada, seja por comodismo, omissão ou
falta de esclarecimento, um circulo vicioso difícil de ser interrompido.
Qual é o produto disso tudo?
Jovens desestimulados, sem perspectivas, entregues à
criminalidade e às drogas. Além de tudo, depois que entram no mundo do crime,
acabam se sentido a vontade, pois sabem que as leis dificilmente são seguidas,
por falta de fiscalização, vigilância e rigor.
Olhando para a sociedade na qual estamos vivendo, lembro-me
dos filmes que retratam o Velho Oeste Americano, O Oeste Selvagem como também
costumava ser chamado, onde pessoas pouco estudadas, de natureza rústica e
agressiva definiam as leis por meio dos próprios punhos e armas. Sinto que
estamos muito próximos dessa terrível realidade, a diferença é que agora as
mortes não são motivadas por disputas territoriais, mas pelo consumo e venda de
drogas ilícitas.
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